Catarata congênita: o que é, sintomas e como tratar
A catarata congênita é uma condição ocular que afeta bebês e crianças pequenas, resultando em opacidade no cristalino e comprometimento da visão desde o nascimento.
Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a catarata congênita, seus sintomas característicos, as opções de tratamento disponíveis e muito mais. Boa leitura!
O que é catarata congênita?
A catarata congênita é uma doença ocular caracterizada pela opacificação parcial ou total do cristalino, que é a lente transparente do olho.
Isso significa que, ao longo do tempo, o cristalino se torna mais opaco, resultando na perda parcial ou total da visão.
A condição é presente desde o nascimento ou se desenvolve durante o primeiro ano de vida do bebê. A catarata congênita pode afetar um ou ambos os olhos.
Quais são os sintomas de catarata?
A catarata congênita pode apresentar uma variedade de sintomas, embora seja difícil perceber sua presença, especialmente em bebês e crianças pequenas.
No entanto, alguns sinais comuns podem indicar a presença dessa condição. Esses sintomas incluem:
- Película esbranquiçada no olho;
- Maior sensibilidade à luz;
- Dificuldade em encontrar objetos pequenos enquanto engatinha;
- Alterações na forma como a criança tateia e pega brinquedos e outros objetos;
- Condições associadas, como estrabismo e a ausência de fixação visual;
- Nistagmo, que são movimentos involuntários e repetitivos dos olhos;
É importante destacar que a catarata congênita pode ser facilmente negligenciada ou confundida com outros problemas visuais em bebês e crianças.
Portanto, é essencial que os pais estejam atentos a quaisquer alterações no comportamento visual de seus filhos e procurem avaliação de um oftalmologista.
Confira também – Visão infantil: cuidados para a saúde ocular das crianças
O que causa a catarata congênita?
A catarata congênita pode ter diversas causas, resultando de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. As principais causas dessa condição incluem:
- Infecções intrauterinas, especialmente a rubéola e a toxoplasmose;
- Condições hereditárias;
- Síndromes genéticas e metabólicas;
- Parto prematuro;
- Medicamentos durante a gestação;
- Traumas oculares, uveítes e radiações, após o nascimento.
Qual a diferença entre catarata e catarata congênita?
A catarata é uma condição ocular na qual a visão se torna opaca, podendo ser causada por diversos fatores, tais como envelhecimento, traumas oculares, uso de medicamentos e complicações relacionadas à diabetes.
Essa doença pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, embora seja mais comum em indivíduos com mais de 55 anos.
Por outro lado, a catarata congênita é um tipo específico de catarata que se manifesta desde o nascimento. Essa condição ocorre principalmente devido a doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, como rubéola e toxoplasmose.
A catarata congênita é mais frequentemente encontrada em bebês e crianças pequenas.
Dessa forma, a principal distinção entre a catarata e a catarata congênita reside no momento em que a condição se desenvolve.
Quais os tipos de catarata congênita?
Pode apresentar diferentes tipos, variando de acordo com a causa subjacente da doença. Entre os tipos mais comuns de catarata congênita estão:
- Catarata polar anterior: Este tipo de catarata está localizado na parte frontal do cristalino. Geralmente é causada por herança genética e, em muitos casos, é de tamanho pequeno, não exigindo intervenção cirúrgica.
- Catarata polar posterior: Neste caso, a opacificação afeta a parte posterior do cristalino.
- Catarata nuclear: É a forma mais comum de catarata congênita em bebês. Nesse tipo, a opacificação ocorre no centro do cristalino.
- Catarata cerúlea: Essa forma geralmente afeta ambos os olhos do bebê. Apresenta-se como pequenos pontos azulados no cristalino. Sua origem possivelmente é genética, mas não causa problemas oculares significativos.
Confira também – Tipos de catarata: saiba quais são
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da catarata congênita envolve a utilização de diversos métodos, sendo um dos principais o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como “teste do olhinho”.
Esse exame de acuidade visual é realizado nas primeiras 72 horas de vida do bebê, geralmente ainda na maternidade.
Durante o teste, uma luz especial é projetada sobre o olho da criança, permitindo que o oftalmologista observe qualquer alteração nas estruturas oculares.
No entanto, é importante ressaltar que a catarata congênita pode se desenvolver de forma mais tardia em algumas crianças.
Portanto, é essencial que haja um acompanhamento oftalmológico regular ao longo da infância, especialmente nos casos em que a mãe teve alguma infecção durante a gravidez que possa estar relacionada ao surgimento da doença.
Qual é o tratamento para catarata congênita?
O tratamento adequado para essa condição, varia de acordo com a gravidade da doença e a idade da criança.
No caso de cataratas congênitas parciais, geralmente não é necessária a realização de uma cirurgia. Nesses casos, o tratamento pode envolver o uso de colírios e medicamentos prescritos pelo médico, visando melhorar os sintomas e a qualidade visual.
No entanto, em situações mais graves, é recomendada a realização de uma cirurgia para substituição do cristalino.
Existem diversas técnicas cirúrgicas disponíveis, como facoemulsificação e facectomia extracapsular, que serão selecionadas de acordo com a idade do paciente, a presença ou não de catarata em ambos os olhos e a gravidade da doença.
É essencial ressaltar a importância de consultar o médico previamente e compreender o histórico da doença na criança.
O médico especialista poderá avaliar a situação de forma individualizada, considerando todos os aspectos relevantes, e recomendar o tratamento mais apropriado para o caso específico.
Cuidados pós-operatórios da catarata
Após a cirurgia de catarata congênita, é importante adotar cuidados pós-operatórios para garantir uma recuperação adequada e promover melhores resultados visuais para a criança.
O retorno da visão é um processo gradual e varia individualmente em cada criança. Durante essa fase, é essencial seguir as orientações médicas e realizar consultas de acompanhamento para monitorar o progresso visual.
Durante o período pós-operatório, é necessário administrar colírios e medicamentos orais prescritos pelo médico, que auxiliam na cicatrização e reduzem o desconforto ocular.
Além disso, é fundamental realizar a estimulação visual adequada, visando combater a ambliopia e promover um desenvolvimento visual saudável. Essa estimulação pode incluir atividades e exercícios visuais recomendados pelo oftalmologista.
Após a remoção do cristalino, é comum ocorrer uma alta hipermetropia, especialmente em crianças menores de 2 anos. Para corrigir essa condição, o médico pode prescrever óculos ou lentes de contato adequados, que ajudam a melhorar a visão de perto.
É fundamental seguir todas as recomendações do oftalmologista especializado, manter o acompanhamento regular e realizar as terapias visuais recomendadas para garantir uma recuperação completa e maximizar o potencial visual.
É perigosa a cirurgia de catarata?
A cirurgia de catarata é amplamente reconhecida como um procedimento seguro e relativamente simples. É geralmente realizada sob anestesia local, o que contribui para minimizar os riscos associados à anestesia geral.
Embora todas as cirurgias apresentem um certo grau de risco, a cirurgia de catarata é considerada segura quando realizada por um profissional qualificado em um ambiente adequado.
Veja também – Cirurgia de catarata: 6 dúvidas comuns
Prevenção da catarata congênita
A prevenção da catarata congênita requer a adoção de várias medidas durante a gestação, visando reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição nos bebês.
É essencial que a gestante realize exames capazes de detectar infecções potencialmente prejudiciais para o feto, tais como rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus.
Além disso, é fundamental manter a vacinação em dia, especialmente contra a rubéola e a Tríplice Viral, para garantir a imunização adequada durante a gravidez.
Um pré-natal rigoroso, com a realização de sorologias para infecções congênitas e a detecção de possíveis alterações metabólicas, é de extrema importância.
Avaliar o histórico familiar e a consanguinidade também desempenha um papel relevante pois permite identificar possíveis fatores de risco hereditários.
Manter um acompanhamento contínuo com profissionais de saúde especializados, como obstetras e oftalmologistas, é fundamental para monitorar o desenvolvimento do bebê e identificar precocemente qualquer anormalidade ocular.
Agende uma consulta no Centro de Catarata Madureira
O Centro de Catarata Madureira tem como missão promover a reabilitação visual por meio de tratamentos oftalmológicos clínicos e cirúrgicos de excelência, aliando confiabilidade, estrutura moderna, tecnologia e atendimento humanizado para cuidar de você e toda sua família.
Nossos especialistas oferecem suporte completo em todo o processo de tratamento, garantindo a plena recuperação e segurança dos pacientes. Contamos com toda a infraestrutura e tecnologia necessários para realização de exames oftalmológicos.
Cuide da saúde dos seus olhos e enxergue a vida com mais beleza.
Entre em contato e agende uma consulta através do telefone/WhatsApp: (21) 2454-7171.
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *
0 Comentários