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Catarata

Catarata congênita: o que é, sintomas e como tratar

7 de julho de 2023
Catarata congênita

A catarata congênita é uma condição ocular que afeta bebês e crianças pequenas, resultando em opacidade no cristalino e comprometimento da visão desde o nascimento. 

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a catarata congênita, seus sintomas característicos, as opções de tratamento disponíveis e muito mais. Boa leitura!

O que é catarata congênita?

A catarata congênita é uma doença ocular caracterizada pela opacificação parcial ou total do cristalino, que é a lente transparente do olho.

Isso significa que, ao longo do tempo, o cristalino se torna mais opaco, resultando na perda parcial ou total da visão.

A condição é presente desde o nascimento ou se desenvolve durante o primeiro ano de vida do bebê. A catarata congênita pode afetar um ou ambos os olhos.

catarata

Quais são os sintomas de catarata?

A catarata congênita pode apresentar uma variedade de sintomas, embora seja difícil perceber sua presença, especialmente em bebês e crianças pequenas.

No entanto, alguns sinais comuns podem indicar a presença dessa condição. Esses sintomas incluem:

  • Película esbranquiçada no olho;
  • Maior sensibilidade à luz;
  • Dificuldade em encontrar objetos pequenos enquanto engatinha;
  • Alterações na forma como a criança tateia e pega brinquedos e outros objetos;
  • Condições associadas, como estrabismo e a ausência de fixação visual;
  • Nistagmo, que são movimentos involuntários e repetitivos dos olhos;

É importante destacar que a catarata congênita pode ser facilmente negligenciada ou confundida com outros problemas visuais em bebês e crianças. 

Portanto, é essencial que os pais estejam atentos a quaisquer alterações no comportamento visual de seus filhos e procurem avaliação de um oftalmologista.

Confira tambémVisão infantil: cuidados para a saúde ocular das crianças

O que causa a catarata congênita?

A catarata congênita pode ter diversas causas, resultando de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. As principais causas dessa condição incluem:

  • Infecções intrauterinas, especialmente a rubéola e a toxoplasmose;
  • Condições hereditárias;
  • Síndromes genéticas e metabólicas;
  • Parto prematuro;
  • Medicamentos durante a gestação;
  • Traumas oculares, uveítes e radiações, após o nascimento.

Qual a diferença entre catarata e catarata congênita?

A catarata é uma condição ocular na qual a visão se torna opaca, podendo ser causada por diversos fatores, tais como envelhecimento, traumas oculares, uso de medicamentos e complicações relacionadas à diabetes. 

Essa doença pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, embora seja mais comum em indivíduos com mais de 55 anos.

Por outro lado, a catarata congênita é um tipo específico de catarata que se manifesta desde o nascimento. Essa condição ocorre principalmente devido a doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, como rubéola e toxoplasmose. 

A catarata congênita é mais frequentemente encontrada em bebês e crianças pequenas.

Dessa forma, a principal distinção entre a catarata e a catarata congênita reside no momento em que a condição se desenvolve.

Quais os tipos de catarata congênita?

Pode apresentar diferentes tipos, variando de acordo com a causa subjacente da doença. Entre os tipos mais comuns de catarata congênita estão:

  • Catarata polar anterior: Este tipo de catarata está localizado na parte frontal do cristalino. Geralmente é causada por herança genética e, em muitos casos, é de tamanho pequeno, não exigindo intervenção cirúrgica.
  • Catarata polar posterior: Neste caso, a opacificação afeta a parte posterior do cristalino.
  • Catarata nuclear: É a forma mais comum de catarata congênita em bebês. Nesse tipo, a opacificação ocorre no centro do cristalino.
  • Catarata cerúlea: Essa forma geralmente afeta ambos os olhos do bebê. Apresenta-se como pequenos pontos azulados no cristalino. Sua origem possivelmente é genética, mas não causa problemas oculares significativos.

Confira tambémTipos de catarata: saiba quais são

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da catarata congênita envolve a utilização de diversos métodos, sendo um dos principais o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como “teste do olhinho”. 

Esse exame de acuidade visual é realizado nas primeiras 72 horas de vida do bebê, geralmente ainda na maternidade.

Durante o teste, uma luz especial é projetada sobre o olho da criança, permitindo que o oftalmologista observe qualquer alteração nas estruturas oculares.

No entanto, é importante ressaltar que a catarata congênita pode se desenvolver de forma mais tardia em algumas crianças. 

Portanto, é essencial que haja um acompanhamento oftalmológico regular ao longo da infância, especialmente nos casos em que a mãe teve alguma infecção durante a gravidez que possa estar relacionada ao surgimento da doença.

Qual é o tratamento para catarata congênita?

O tratamento adequado para essa condição, varia de acordo com a gravidade da doença e a idade da criança.

No caso de cataratas congênitas parciais, geralmente não é necessária a realização de uma cirurgia. Nesses casos, o tratamento pode envolver o uso de colírios e medicamentos prescritos pelo médico, visando melhorar os sintomas e a qualidade visual.

No entanto, em situações mais graves, é recomendada a realização de uma cirurgia para substituição do cristalino. 

Existem diversas técnicas cirúrgicas disponíveis, como facoemulsificação e facectomia extracapsular, que serão selecionadas de acordo com a idade do paciente, a presença ou não de catarata em ambos os olhos e a gravidade da doença.

É essencial ressaltar a importância de consultar o médico previamente e compreender o histórico da doença na criança. 

O médico especialista poderá avaliar a situação de forma individualizada, considerando todos os aspectos relevantes, e recomendar o tratamento mais apropriado para o caso específico.

cirurgia de catarata

Cuidados pós-operatórios da catarata

Após a cirurgia de catarata congênita, é importante adotar cuidados pós-operatórios para garantir uma recuperação adequada e promover melhores resultados visuais para a criança.

O retorno da visão é um processo gradual e varia individualmente em cada criança. Durante essa fase, é essencial seguir as orientações médicas e realizar consultas de acompanhamento para monitorar o progresso visual.

Durante o período pós-operatório, é necessário administrar colírios e medicamentos orais prescritos pelo médico, que auxiliam na cicatrização e reduzem o desconforto ocular.

Além disso, é fundamental realizar a estimulação visual adequada, visando combater a ambliopia e promover um desenvolvimento visual saudável. Essa estimulação pode incluir atividades e exercícios visuais recomendados pelo oftalmologista.

Após a remoção do cristalino, é comum ocorrer uma alta hipermetropia, especialmente em crianças menores de 2 anos. Para corrigir essa condição, o médico pode prescrever óculos ou lentes de contato adequados, que ajudam a melhorar a visão de perto.

É fundamental seguir todas as recomendações do oftalmologista especializado, manter o acompanhamento regular e realizar as terapias visuais recomendadas para garantir uma recuperação completa e maximizar o potencial visual.

É perigosa a cirurgia de catarata?

A cirurgia de catarata é amplamente reconhecida como um procedimento seguro e relativamente simples. É geralmente realizada sob anestesia local, o que contribui para minimizar os riscos associados à anestesia geral.

Embora todas as cirurgias apresentem um certo grau de risco, a cirurgia de catarata é considerada segura quando realizada por um profissional qualificado em um ambiente adequado. 

Veja tambémCirurgia de catarata: 6 dúvidas comuns

Prevenção da catarata congênita

A prevenção da catarata congênita requer a adoção de várias medidas durante a gestação, visando reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição nos bebês. 

É essencial que a gestante realize exames capazes de detectar infecções potencialmente prejudiciais para o feto, tais como rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus.

Além disso, é fundamental manter a vacinação em dia, especialmente contra a rubéola e a Tríplice Viral, para garantir a imunização adequada durante a gravidez.

Um pré-natal rigoroso, com a realização de sorologias para infecções congênitas e a detecção de possíveis alterações metabólicas, é de extrema importância.

Avaliar o histórico familiar e a consanguinidade também desempenha um papel relevante pois permite identificar possíveis fatores de risco hereditários.

Manter um acompanhamento contínuo com profissionais de saúde especializados, como obstetras e oftalmologistas, é fundamental para monitorar o desenvolvimento do bebê e identificar precocemente qualquer anormalidade ocular.

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