Perda de visão periférica: 8 causas e o que fazer
A perda de visão periférica ocorre quando há uma diminuição na capacidade de visualizar objetos localizados nas bordas do campo visual, enquanto a visão central permanece intacta.
Essa condição pode ser causada por várias condições médicas e doenças, abrangendo desde o glaucoma e a retinopatia diabética até tumores e acidentes vasculares cerebrais.
Neste artigo, vamos explorar 8 causas da perda de visão periférica, como identificar e os tratamentos disponíveis. Boa leitura!
O que pode causar perda de visão periférica?
1. Glaucoma
O glaucoma é uma doença ocular que provoca danos progressivos ao nervo óptico, resultando em uma deterioração gradual da visão. Em casos mais graves e quando não tratado adequadamente, pode levar à cegueira.
Essa condição é causada principalmente pelo aumento da pressão intraocular, que exerce compressão nos vasos sanguíneos responsáveis por fornecer sangue ao nervo óptico e à retina.
No início, o glaucoma geralmente é assintomático, ou seja, não apresenta sintomas perceptíveis. No entanto, com o passar do tempo, podem surgir alguns sinais indicativos, tais como:
- Dor intensa nos olhos;
- Dor de cabeça;
- Dificuldade para enxergar no escuro;
- Enxergar halos ao redor das luzes;
- Aumento da pupila;
- Vermelhidão;
- Perda de campo visual, principalmente na visão periférica;
- Náuseas e vômitos.
Veja também – Glaucoma: 5 mitos e verdades sobre a doença
2. Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é caracterizada por alterações estruturais nos vasos sanguíneos da retina, a camada sensível à luz localizada no fundo do olho.
De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), essa condição afeta mais de 75% das pessoas com diabetes há mais de 20 anos.
À medida que a doença progride, os vasos sanguíneos danificados podem liberar sangue ou fluido na retina, resultando em problemas visuais mais graves. Além disso, ocorre o enfraquecimento da parede dos vasos, o que pode levar à formação de microaneurismas.
Os sintomas da retinopatia diabética variam, e em alguns casos, podem não se manifestar no início. Conforme a doença avança, podem surgir sinais como:
- Pontos cegos ou visão turva;
- Manchas escuras;
- Descolamento da retina;
- Perda da visão periférica ou total da visão
Leia mais – Retinopatia diabética: conheça os tipos e tratamentos
3. Retinite pigmentosa
Trata-se de uma doença hereditária rara que causa a degeneração lenta e progressiva da retina, podendo levar à cegueira. É caracterizada pela deterioração gradual das células sensíveis à luz na retina.
Os sintomas da retinite pigmentosa geralmente podem ser observados já na primeira infância. Os primeiros sinais incluem diminuição do campo de visão e da visão noturna.
Com o avanço da doença, a perda da visão periférica torna-se mais expressiva, deixando apenas uma pequena área da visão central preservada.
4. Lesões cerebrais ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs)
As lesões cerebrais ou acidentes vasculares cerebrais (AVCs) podem ter um impacto significativo na visão, incluindo a perda de visão periférica.
No caso dos AVCs, eles podem bloquear o fluxo sanguíneo normal para as estruturas internas do olho, comprometendo a função adequada e resultando em danos visuais. A falta de irrigação sanguínea adequada pode levar à perda de visão periférica.
Por outro lado, derrames ou traumas podem causar danos diretos às áreas do cérebro responsáveis pelo processamento das informações visuais, resultando em pontos cegos no campo visual.
5. Neurite óptica
A neurite óptica é caracterizada pela inflamação do nervo óptico, o que pode resultar em uma série de sintomas visuais e afetar a funcionalidade desse nervo essencial para a visão.
Os sintomas dessa condição podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem:
- Dor ao mover os olhos;
- Manchas na visão;
- Pontos cegos;
- Visão distorcida;
- Dificuldade em distinguir e perceber cores
- Perda da visão parcial ou total.
Essa condição pode ser causada por diferentes fatores, sendo as principais associadas a distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla e neuromielite óptica. Além disso, a neurite óptica pode ser desencadeada por infecções e tumores cerebrais.
6. Coroideremia
Trata-se de uma doença ocular rara que provoca a degeneração progressiva das camadas celulares da retina, afetando áreas como a coróide, o epitélio pigmentar da retina e os fotorreceptores.
Logo no início da coroideremia, os sintomas de cegueira noturna e perda de visão periférica podem se manifestar. Esses sintomas podem ser semelhantes aos da retinite pigmentosa, o que pode levar a confusões entre as duas condições.
Devido às características compartilhadas dos sintomas, é importante realizar uma avaliação médica especializada para obter um diagnóstico preciso.
7. Tumores cerebrais
Quando localizados na parte posterior do cérebro ou próximos à glândula hipófise, os tumores cerebrais podem resultar em problemas de visão, como perda de visão periférica ou visão embaçada.
Embora muitos tumores na hipófise sejam benignos, infelizmente não é possível preveni-los. Seu crescimento pode afetar os nervos ópticos, prejudicando a transmissão adequada dos sinais visuais ao cérebro.
Além dos problemas de visão, os tumores cerebrais podem causar sintomas adicionais, como:
- Dor de cabeça persistente;
- Sonolência incomum;
- Convulsões;
- Náuseas e vômitos.
Esses sintomas variam dependendo do tamanho, localização e tipo do tumor.
8. Descolamento de retina
O descolamento de retina é uma condição ocular séria em que toda ou parte da membrana da retina se desprende da parte interna do olho.
Isso resulta na perda de contato da retina com os vasos sanguíneos da coróide, interrompendo o fornecimento de oxigênio e nutrientes essenciais e levando à degeneração macular.
Os sintomas do descolamento de retina podem variar, mas podem incluir:
- Perda de visão periférica ou central;
- Flashes de luz;
- Aumento súbito de manchas na visão (moscas volantes);
- Sensação de peso nos olhos;
- Visão embaçada.
Essa condição requer tratamento urgente dentro de um prazo de 24 a 72 horas, pois o atraso pode levar a uma perda parcial ou total da visão. Portanto, é fundamental buscar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas.
Confira mais – Descolamento de retina: conheça os principais tipos
Como saber se houve perda de visão periférica?
A perda de visão periférica pode ser identificada por meio de sinais e sintomas. Entre eles, a redução do campo visual e a dificuldade em perceber objetos ou movimentos localizados na borda do campo visual são indícios de uma possível diminuição da visão periférica.
Para confirmar o diagnóstico e determinar a causa subjacente, é recomendado consultar um médico oftalmologista. O profissional realizará uma avaliação abrangente, que pode incluir a medição da pressão ocular, a análise do nervo óptico e o teste de campo visual.
O que fazer em caso de perda da visão periférica?
Em caso de sinais de perda da visão periférica, é crucial procurar imediatamente um oftalmologista, pois os danos podem ser irreversíveis.
O médico especializado poderá realizar uma avaliação detalhada para determinar a causa subjacente e recomendar o tratamento adequado.
Qual o tratamento para visão periférica?
O tratamento para perda de visão periférica é determinado pela causa subjacente e varia de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. A abordagem fundamental é tratar e gerenciar a condição subjacente para melhorar ou estabilizar a visão periférica.
Em alguns casos, o uso de lentes prismáticas pode ser recomendado. Essas lentes auxiliam na expansão do campo de visão, proporcionando uma melhor percepção dos objetos ao redor.
No tratamento da perda de visão periférica causada pelo glaucoma, o objetivo é controlar a pressão intraocular.
Isso pode envolver a prescrição de medicamentos para reduzir a pressão ocular, bem como procedimentos a laser ou cirurgias para melhorar o fluxo de fluido dentro do olho.
Em situações de descolamento de retina e retinopatia diabética, podem ser recomendados procedimentos como vitrectomia e fotocoagulação a laser.
No caso da neurite óptica, o tratamento pode incluir o uso de terapia com esteróides para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação.
Confira também – Fotocoagulação a laser: para que serve e como é feita
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1 Comentário
Sou a Livia Gomes, gostei muito do seu artigo tem muito
conteúdo de valor, parabéns nota 10.