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Oftalmologia

Glaucoma: o que é, sintomas e como tratar

7 de junho de 2024
glaucoma

Em 8 anos (2010 a 2018), segundo a OMS, os casos de glaucoma aumentaram de 900 mil a 2,5 milhões no Brasil. É alarmante pensar que uma condição tão séria tem se propagado rapidamente na população.

Por isso, é muito importante que você saiba o que é o glaucoma, os primeiros sinais, as causas, como diagnosticar e muito mais!

Confira.

O que é glaucoma?

O glaucoma é uma doença ocular que afeta o nervo óptico, responsável por transmitir informações visuais ao cérebro. 

Essa condição é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do olho, o que pode levar a danos permanentes no nervo óptico e resultar em perda de visão. Em estágios avançados, o glaucoma pode até causar cegueira. 

É importante fazer exames oftalmológicos regulares para detectar o glaucoma precocemente, pois muitas vezes não apresenta sintomas visíveis até que ocorra dano significativo.

O que causa o glaucoma?

O glaucoma pode ser causado pelo desequilíbrio na produção e drenagem do líquido dentro do olho, chamado de humor aquoso. 

Esse desequilíbrio leva ao aumento da pressão ocular, o que, por sua vez, danifica o nervo óptico ao longo do tempo. 

Em muitos casos, a causa exata do desequilíbrio não é conhecida e é chamada de glaucoma primário. 

No entanto, certos fatores de risco, como:

  • Idade avançada;
  • Histórico familiar da doença;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial;
  • Uso prolongado de corticoides, como anti-inflamatórios.

Podem aumentar a probabilidade de desenvolver glaucoma. Em casos menos comuns, o glaucoma pode ser secundário a outras condições médicas ou causas específicas, como lesões oculares, inflamação ou certos medicamentos.

Quais são os sintomas de glaucoma?

Muitas vezes, o glaucoma é conhecido como “o ladrão silencioso da visão” porque geralmente não apresenta sintomas perceptíveis até que ocorra uma perda significativa de visão. 

Quando os sintomas aparecem, podem incluir:

  • Visão periférica reduzida ou pontos cegos que se desenvolvem gradualmente ao longo do tempo;
  • Dificuldade em enxergar em ambientes com pouca luz;
  • Visão em túnel, onde a visão central permanece, mas a periférica é comprometida.
  • Halos, ou círculos brilhantes, em torno das luzes;
  • Visão embaçada;
  • Dor ocular intensa, vermelhidão nos olhos, náuseas e vômitos (em casos de glaucoma de ângulo fechado agudo).

O que acontece com a pessoa que tem glaucoma?

Quando uma pessoa tem glaucoma, ocorre um aumento da pressão dentro do olho, o que pode levar a danos no nervo óptico. 

Esse dano geralmente é progressivo e pode resultar em perda gradual e irreversível da visão, começando pela visão periférica. 

Se não for tratado, o glaucoma pode eventualmente levar à cegueira. É por isso que é crucial fazer exames oftalmológicos regulares, especialmente se houver fatores de risco conhecidos. 

Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a controlar a pressão ocular e evitar danos graves à visão.

Quais os riscos de um glaucoma?

É uma condição muito séria que possui fortes riscos, como:

  1. Perda gradual da visão, começando pela visão periférica;
  2. Risco de cegueira se não for tratado;
  3. Impacto significativo na qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias e na independência;
  4. Possibilidade de incapacidade para realizar tarefas simples;
  5. Aumento da dependência de outras pessoas.

Qual o exame para saber se tem glaucoma?

O exame para detectar o glaucoma geralmente envolve uma combinação de testes oftalmológicos. Aqui estão os principais exames utilizados para diagnosticar o glaucoma:

  • Tonometria de aplanação: mede a pressão intraocular.
  • Exame de fundo de olho (fundoscopia): permite ao médico examinar o fundo do olho para detectar danos no nervo óptico.
  • Gonioscopia: analisa o ângulo entre a córnea e a íris para verificar o fluxo do líquido intraocular.
  • Exame de campo visual: avalia a capacidade de detectar estímulos luminosos em diferentes áreas do campo visual.
  • Tomografia de coerência óptica (OCT): produz imagens detalhadas das estruturas oculares, incluindo a retina e o nervo óptico.
  • Retinografia: fornece imagens de alta resolução do fundo do olho, incluindo a retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.
  • Paquimetria: mede a espessura da córnea, que pode estar relacionada ao glaucoma.

Quem opera de glaucoma volta a enxergar?

Aqui estão as principais abordagens de tratamento:

  • Medicamentos: colírios ou comprimidos podem ser prescritos para diminuir a pressão intraocular, reduzindo a produção de fluido no olho ou aumentando seu escoamento.Esses medicamentos geralmente precisam ser usados diariamente e de forma contínua.
  • Cirurgia a laser: procedimentos como a trabeculoplastia a laser ou iridotomia a laser podem ser realizados para melhorar o escoamento do fluido intraocular.
  • Cirurgia convencional: em casos mais graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, o médico pode recomendar cirurgia para criar uma nova via de drenagem para o fluido intraocular.
  • Terapia combinada: em alguns casos, pode ser necessário combinar diferentes abordagens de tratamento, como medicamentos e cirurgia, para controlar efetivamente a pressão intraocular.

Qual a idade que aparece o glaucoma?

O glaucoma pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas acima dos 40 anos. 

No entanto, a incidência aumenta com a idade, sendo mais prevalente em pessoas mais velhas. 

É importante realizar exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 40 anos, para detectar precocemente o glaucoma e iniciar o tratamento adequado, se necessário.

É possível reverter o glaucoma?

Infelizmente, o dano causado pelo glaucoma é irreversível. No entanto, com o tratamento adequado, é possível controlar a progressão da doença e evitar maiores danos à visão. 

O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular para proteger o nervo óptico.

Quem tem glaucoma tem que usar colírio para sempre?

Sim, em muitos casos, o uso de colírios é necessário ao longo da vida para controlar a pressão ocular e prevenir danos adicionais ao nervo óptico. 

O tratamento com colírios é uma das abordagens mais comuns para o glaucoma e é geralmente prescrito pelo oftalmologista. 

É importante seguir rigorosamente as instruções do médico quanto ao uso dos colírios, pois interromper o tratamento pode aumentar o risco de danos à visão. 

Em alguns casos, outras formas de tratamento, como cirurgia a laser ou cirurgia tradicional, podem ser necessárias para controlar o glaucoma.

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