Glaucoma: o que é, sintomas e como tratar
Em 8 anos (2010 a 2018), segundo a OMS, os casos de glaucoma aumentaram de 900 mil a 2,5 milhões no Brasil. É alarmante pensar que uma condição tão séria tem se propagado rapidamente na população.
Por isso, é muito importante que você saiba o que é o glaucoma, os primeiros sinais, as causas, como diagnosticar e muito mais!
Confira.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular que afeta o nervo óptico, responsável por transmitir informações visuais ao cérebro.
Essa condição é caracterizada pelo aumento da pressão dentro do olho, o que pode levar a danos permanentes no nervo óptico e resultar em perda de visão. Em estágios avançados, o glaucoma pode até causar cegueira.
É importante fazer exames oftalmológicos regulares para detectar o glaucoma precocemente, pois muitas vezes não apresenta sintomas visíveis até que ocorra dano significativo.
O que causa o glaucoma?
O glaucoma pode ser causado pelo desequilíbrio na produção e drenagem do líquido dentro do olho, chamado de humor aquoso.
Esse desequilíbrio leva ao aumento da pressão ocular, o que, por sua vez, danifica o nervo óptico ao longo do tempo.
Em muitos casos, a causa exata do desequilíbrio não é conhecida e é chamada de glaucoma primário.
No entanto, certos fatores de risco, como:
- Idade avançada;
- Histórico familiar da doença;
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Uso prolongado de corticoides, como anti-inflamatórios.
Podem aumentar a probabilidade de desenvolver glaucoma. Em casos menos comuns, o glaucoma pode ser secundário a outras condições médicas ou causas específicas, como lesões oculares, inflamação ou certos medicamentos.
Quais são os sintomas de glaucoma?
Muitas vezes, o glaucoma é conhecido como “o ladrão silencioso da visão” porque geralmente não apresenta sintomas perceptíveis até que ocorra uma perda significativa de visão.
Quando os sintomas aparecem, podem incluir:
- Visão periférica reduzida ou pontos cegos que se desenvolvem gradualmente ao longo do tempo;
- Dificuldade em enxergar em ambientes com pouca luz;
- Visão em túnel, onde a visão central permanece, mas a periférica é comprometida.
- Halos, ou círculos brilhantes, em torno das luzes;
- Visão embaçada;
- Dor ocular intensa, vermelhidão nos olhos, náuseas e vômitos (em casos de glaucoma de ângulo fechado agudo).
O que acontece com a pessoa que tem glaucoma?
Quando uma pessoa tem glaucoma, ocorre um aumento da pressão dentro do olho, o que pode levar a danos no nervo óptico.
Esse dano geralmente é progressivo e pode resultar em perda gradual e irreversível da visão, começando pela visão periférica.
Se não for tratado, o glaucoma pode eventualmente levar à cegueira. É por isso que é crucial fazer exames oftalmológicos regulares, especialmente se houver fatores de risco conhecidos.
Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a controlar a pressão ocular e evitar danos graves à visão.
Quais os riscos de um glaucoma?
É uma condição muito séria que possui fortes riscos, como:
- Perda gradual da visão, começando pela visão periférica;
- Risco de cegueira se não for tratado;
- Impacto significativo na qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias e na independência;
- Possibilidade de incapacidade para realizar tarefas simples;
- Aumento da dependência de outras pessoas.
Qual o exame para saber se tem glaucoma?
O exame para detectar o glaucoma geralmente envolve uma combinação de testes oftalmológicos. Aqui estão os principais exames utilizados para diagnosticar o glaucoma:
- Tonometria de aplanação: mede a pressão intraocular.
- Exame de fundo de olho (fundoscopia): permite ao médico examinar o fundo do olho para detectar danos no nervo óptico.
- Gonioscopia: analisa o ângulo entre a córnea e a íris para verificar o fluxo do líquido intraocular.
- Exame de campo visual: avalia a capacidade de detectar estímulos luminosos em diferentes áreas do campo visual.
- Tomografia de coerência óptica (OCT): produz imagens detalhadas das estruturas oculares, incluindo a retina e o nervo óptico.
- Retinografia: fornece imagens de alta resolução do fundo do olho, incluindo a retina, nervo óptico e vasos sanguíneos.
- Paquimetria: mede a espessura da córnea, que pode estar relacionada ao glaucoma.
Quem opera de glaucoma volta a enxergar?
Aqui estão as principais abordagens de tratamento:
- Medicamentos: colírios ou comprimidos podem ser prescritos para diminuir a pressão intraocular, reduzindo a produção de fluido no olho ou aumentando seu escoamento.Esses medicamentos geralmente precisam ser usados diariamente e de forma contínua.
- Cirurgia a laser: procedimentos como a trabeculoplastia a laser ou iridotomia a laser podem ser realizados para melhorar o escoamento do fluido intraocular.
- Cirurgia convencional: em casos mais graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, o médico pode recomendar cirurgia para criar uma nova via de drenagem para o fluido intraocular.
- Terapia combinada: em alguns casos, pode ser necessário combinar diferentes abordagens de tratamento, como medicamentos e cirurgia, para controlar efetivamente a pressão intraocular.
Qual a idade que aparece o glaucoma?
O glaucoma pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas acima dos 40 anos.
No entanto, a incidência aumenta com a idade, sendo mais prevalente em pessoas mais velhas.
É importante realizar exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 40 anos, para detectar precocemente o glaucoma e iniciar o tratamento adequado, se necessário.
É possível reverter o glaucoma?
Infelizmente, o dano causado pelo glaucoma é irreversível. No entanto, com o tratamento adequado, é possível controlar a progressão da doença e evitar maiores danos à visão.
O objetivo do tratamento é reduzir a pressão ocular para proteger o nervo óptico.
Quem tem glaucoma tem que usar colírio para sempre?
Sim, em muitos casos, o uso de colírios é necessário ao longo da vida para controlar a pressão ocular e prevenir danos adicionais ao nervo óptico.
O tratamento com colírios é uma das abordagens mais comuns para o glaucoma e é geralmente prescrito pelo oftalmologista.
É importante seguir rigorosamente as instruções do médico quanto ao uso dos colírios, pois interromper o tratamento pode aumentar o risco de danos à visão.
Em alguns casos, outras formas de tratamento, como cirurgia a laser ou cirurgia tradicional, podem ser necessárias para controlar o glaucoma.
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