Ardência nos olhos: 8 causas e como aliviar

Você já experimentou a incômoda sensação de ardência nos olhos? Se sim, você sabe o quão desconfortável e irritante pode ser lidar com esse sintoma.

A ardência nos olhos é um problema ocular comum que pode afetar pessoas de todas as idades, e suas causas podem ser diversas, desde a síndrome do olho seco até alergias e conjuntivite. 

Neste artigo, vamos explorar as 8 principais causas da ardência nos olhos, além de fornecer dicas sobre como aliviar esse desconforto e os tratamentos disponíveis.

O que pode causar ardência nos olhos?

A ardência nos olhos é um incômodo ocular que pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. Geralmente, vem acompanhada de sensibilidade, irritação, vermelhidão e dores nos olhos. Existem várias causas possíveis para esse problema, incluindo:

1. Síndrome do olho seco

Essa condição ocular é caracterizada por uma anomalia na produção ou qualidade das lágrimas,resultando em um olho mais seco que o normal.

A síndrome do olho seco pode levar ao ressecamento da córnea e da superfície ocular, provocando sintomas como vermelhidão, coceira, lacrimejamento constante, sensação de areia e ardência nos olhos.

Essa condição é mais frequente em idosos devido ao processo natural de envelhecimento, que diminui a produção de lágrimas. No entanto, também pode afetar pessoas que trabalham em ambientes secos ou passam longos períodos em frente ao computador.

Confira mais – Síndrome do olho seco: o que é, sintomas e tratamento

2. Alergias oculares

Os olhos, sendo regiões extremamente sensíveis, podem ser afetados por diversos fatores, resultando em irritação e ardência ocular. 

Um exemplo desses fatores é o contato com substâncias irritantes presentes em cosméticos, tais como cremes e maquiagens aplicados na região dos olhos.

Além disso, as alergias também podem ser desencadeadas por outros elementos, como ambientes empoeirados, pelos de animais, mofo ou locais com alta concentração de pólen. 

A presença desses alérgenos no ar pode causar reações alérgicas nos olhos, levando a sintomas de ardência e irritação.

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3. Conjuntivite

A conjuntivite é uma condição caracterizada pela inflamação da conjuntiva, a membrana que reveste a pálpebra e se retrai para cobrir a esclerótica, a parte branca do olho.

Essa inflamação pode ser desencadeada por diversos fatores, como vírus, bactérias, alergias, trauma ocular ou exposição a produtos químicos irritantes, entre outros.

A conjuntivite apresenta sintomas comuns, como inchaço, ardência nos olhos, lacrimejamento e vermelhidão. É importante ressaltar que, na maioria dos casos, ambos os olhos são afetados.

É relevante destacar que algumas formas de conjuntivite podem comprometer a córnea e causar danos à visão se não forem tratadas corretamente. 

Por esse motivo, é recomendado procurar atendimento médico se os sintomas persistirem por mais de alguns dias, se houver dor intensa nos olhos ou se ocorrerem alterações na visão.

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4. Uso prolongado de dispositivos eletrônicos

Com o aumento do uso de dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores e tablets, tanto no trabalho quanto como forma de distração, é importante estar ciente dos impactos que esses hábitos podem ter na saúde ocular, incluindo a ocorrência de ardência nos olhos.

Passar longos períodos em frente às telas desses dispositivos desafia constantemente os olhos a realizar ajustes para manter a imagem focada. 

Esse esforço visual contínuo pode levar à fadiga ocular e, consequentemente, resultar em redução da lubrificação natural dos olhos, uma vez que a frequência de piscar tende a diminuir.

Confira também – Uso de telas e saúde ocular: quais os prejuízos?

5. Substâncias irritantes

Diversos produtos comuns em nosso dia a dia, como maquiagem, shampoo, sabão e cloro de piscina, podem ser considerados substâncias irritantes para os olhos. 

Quando entram em contato com essa região sensível, podem provocar ardência nos olhos, vermelhidão e sensibilidade.

É importante ressaltar que, na maioria dos casos, esses sintomas tendem a desaparecer após a lavagem cuidadosa dos olhos com água limpa e fresca.

A remoção da substância irritante é essencial para aliviar o desconforto. Evitar esfregar os olhos nesses momentos é fundamental, pois isso pode agravar a irritação e prolongar os sintomas.

No entanto, caso os sintomas persistam mesmo após a lavagem ou se tornem mais intensos, é recomendado buscar a avaliação de um oftalmologista.

6. Blefarite

A blefarite é uma inflamação não contagiosa que afeta a região das pálpebras. Caracterizada por sintomas como vermelhidão, inchaço, sensibilidade à luz, ardência nos olhos e descamação das pálpebras, essa condição pode ser causada por diversos fatores.

Entre as possíveis causas da blefarite estão infecções bacterianas ou virais, reações alérgicas a substâncias como pólen, colírios e maquiagem, bem como doenças cutâneas como dermatite seborreica, atópica ou rosácea.

Embora a blefarite não tenha cura nos casos crônicos, é possível minimizar seus sintomas por meio de tratamentos adequados.

Quando essa condição não é tratada, podem surgir complicações, como lesões nas pálpebras e na córnea, olho seco, formação de terçol e calázios, além da blefaroconjuntivite.

Leia mais – Blefarite: causas, sintomas e tratamento

7. Uveíte

A uveíte é uma condição caracterizada pela inflamação da úvea, que é a camada média do olho composta pela íris, corpo ciliar e coróide.

Entre os sintomas mais comuns da uveíte estão a ardência nos olhos, vermelhidão, visão turva e embaçada, sensibilidade à luz, dor e outros desconfortos oculares.

Essa condição pode ser desencadeada por diferentes fatores, sendo as infecções uma das principais causas. A toxoplasmose, por exemplo, é um fator associado à ocorrência da uveíte. 

Além disso, doenças sistêmicas, como sarcoidose, espondilite anquilosante e psoríase, também podem estar relacionadas ao desenvolvimento da uveíte.

8. Lesões oculares

As lesões oculares são danos físicos que ocorrem nos olhos e podem resultar em ardência, desconforto e outros sintomas. 

Existem diversas causas para as lesões oculares, incluindo acidentes, traumas, objetos estranhos que entram em contato com os olhos, exposição a produtos químicos ou radiação, entre outros fatores.

A gravidade das lesões oculares pode variar desde pequenos arranhões na córnea até lesões mais graves que afetam a estrutura ocular.

É fundamental buscar atendimento médico o mais rápido possível em caso de lesões oculares, pois a demora no tratamento adequado pode resultar em complicações e danos permanentes à visão.

O que fazer para melhorar a ardência nos olhos?

Para aliviar a sensação de ardência nos olhos e obter um maior conforto visual, existem diversas medidas que podem ser adotadas. A seguir, são apresentadas algumas recomendações práticas e eficazes:

• Higienize adequadamente os olhos;
• Pisque com frequência;
• Faça pausas regulares durante o uso de dispositivos eletrônicos;
• Aplique compressas de água fria e morna;
• Higienize as lentes de contato, caso utilize;
• Utilize produtos hipoalergênicos;
• Evite exposição excessiva a ambiente secos;
• Use óculos de sol com proteção UV.

É importante ressaltar que essas medidas podem proporcionar alívio temporário, mas não substituem a consulta médica.

Caso a ardência nos olhos persista ou esteja acompanhada de outros sintomas preocupantes, é recomendado buscar a avaliação de um oftalmologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Tratamento de ardência nos olhos

O tratamento da ardência nos olhos é determinado pela causa subjacente e deve ser realizado sob a orientação de um médico especialista. 

Em geral, são utilizados colírios, pomadas ou medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e reduzir a sensação de ardor.

É fundamental consultar um oftalmologista para avaliar os sintomas e determinar o tratamento mais adequado para cada caso específico. 

O profissional irá considerar a causa da ardência nos olhos, realizar exames se necessário e prescrever os medicamentos apropriados.

Além disso, é importante seguir corretamente as orientações médicas e realizar as consultas de acompanhamento para monitorar a evolução do quadro e ajustar o tratamento, se necessário.

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